domingo, 29 de novembro de 2009

Também temos alunos do Hélio nessa Fábrica de Sonhos


Montar um espetáculo dá bastante trabalho, mas também gera empregos. No Rio de Janeiro, a escola fábrica de Spectaculu, do cenógrafo Gringo Cardia e da atriz e cantora Marisa Orth, consegue unir arte e inclusão social.

Perto do cais do porto do Rio de Janeiro funciona uma fábrica de sonhos. Neste galpão industrial, jovens de toda a cidade são capacitados para atuar no mundo do espetáculo.

“O conceito por trás desse projeto é na verdade fazer uma escola que dê acesso a jovens da periferia, de 16 a 22 anos, e nas áreas de arte e tecnologia, áreas que envolvam, áreas do espetáculo, assim, em geral, que é a profissão que eu e a Marisa, que fundamos essa escola, trabalhamos”, explica Gringo Cardia, diretor da Spectaculu.

Teatro, fotografia, maquiagem, figurino, iluminação... Os 120 jovens do projeto podem escolher a oficina que irão frequentar.

“Todos têm potencial e a gente visa criar oportunidades educativas para que esse potencial se desenvolva”, esclarece Cátia Oliveira, coordenadora pedagógica.

Os jovens têm acesso à tecnologia de última geração para trabalhar o audiovisual e alunos de diversas oficinas se unem para dar um grande espetáculo.

Com todo o equipamento necessário, a equipe de gravação sai às ruas em busca de entrevistados. o exercício faz parte da oficina de vídeo.

Para Mariana de Souza, 17 anos, é uma experiência gratificante. “Além de a gente adquirir experiência, a gente consegue trabalhar em grupo, porque isso é bem importante.”

A falta de prática traz alguns problemas. “Faltou firmeza, eu acho, da nossa parte. Pra mim eu acho que foi atitude porque a gente ficou um esperando pelo outro e ficou uma coisa em cima da hora. Um tem que ajudar o outro, mais união, porque isso é um grupo, se a gente não trabalhar em grupo isso nunca vai pra frente”, comenta um aluno.

Na segunda tentativa, sucesso!

“É um pouco cansativo, mas é gratificante a gente poder passar aquilo que a gente aprendeu lá dentro. A prática é diferente, a gente vê que é bem diferente e é interessante”, diz Carine Silva, 16 anos.

O projeto oferece aulas de edição. Rafael Bocanera, instrutor do curso de vídeo, explica como funciona o trabalho. “Todas aquelas entrevistas, todas aquelas imagens de apoio que a gente gravou na rua a gente traz pra cá. Quando há necessidade de tratamento de imagem, a gente faz. Tratamento de áudio a gente faz. É onde a gente monta a história, aonde a gente dá a linha narrativa ao material.”

“Não é um processo fácil, mas é legal, no início, agora está sendo bem bacana, Então vamos tirar bem de letra”, fala Natália Santana, 18 anos.

Na oficina de fotografia os alunos também têm acesso à equipamentos modernos. “O trabalho é interessante demais. Está sendo muito legal, por exemplo, fotografia. Eu nunca tinha mexido em máquina fotográfica profissional. Eu vejo não só para mim, mas para todo mundo que está aqui, um futuro promissor, acho que se a gente quiser, vamos conseguir”, comenta Jemerson Procópio, 22 anos.

Érica Ramalho, professora de fotografia esclarece o objetivo do curso. “Queremos formar esses jovens pro mercado de trabalho como assistente de fotografia, uma parte mais técnica, porém não menos importante, sempre observando, com observação na iluminação, na luz, que é a base da fotografia, e estimular esse olhar pro novo mercado de trabalho mesmo.”

No final do ano letivo, alunos de várias oficinas ligadas às artes cênicas trabalham em conjunto para montar uma peça. É a oportunidade de sair dos bastidores e subir ao palco.

“Eu acho importante participar das aulas do teatro porque eu acho que ajuda a desinibir, porque viver nesse mundo de coxia, você tem que se comunicar bem, você tem que se comunicar bastante, diz Jean Carlos Brasil, 20 anos.

“A gente tem o ator no palco que interpreta e a gente tem todo o entorno necessário para que o espetáculo aconteça e a escola aqui é muito interessante porque ela dá todo esse embasamento aqui para os alunos”, conta Cida Morenikz, atriz e professora de interpretação.

No espaço da contrarregragem e camarim, o figurino do espetáculo começa a ser produzido. Para o instrutor Eric Firmino, o mais importante da oficina é despertar a criatividade dos alunos. “A gente de um material simples, a gente cria figurinos, esculturas, adereços, tem várias técnicas que a gente vai aprendendo aqui com o passar do tempo.”

“E essa força da juventude e da arte é uma coisa que nos alimenta muito e que faz a gente acordar todo dia e dizer: é mais um dia, mais um dia de criação, mais um dia de conhecer é mais um dia de fazer a diferença”, sorri Cátia Oliveira.

Para maiores detalhes sobre esse programa transmitido pela Rede Globo no dia 28 de novembro de 2009, acesse http://acao.globo.com/Acao.

Temos duas alunas atualmente cursando a Oficina de Vídeo (Rayssa e Tuany, que estudam na segunda série do turno da manhã) e uma aluna da 3001 (Bianca) fazendo o curso de Contraregragem.

O grande diferencial é que essa ONG somente aceita alunos oriundos da rede pública de ensino.

Para conhecer melhor essa fábrica de sonhos acesse http://spectaculu.org.br/release/index.html


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